Resumo do livro do Paul Washer traduzido pelo site Voltando as Escrituras
O livro todo é focado na passagem de Romanos 3.23-28 “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus. Onde, pois, a jactância? Foi de todo excluída. Por que lei? Das obras? Não; pelo contrário, pela lei da fé. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei.”
Paul já começa falando sobre a importância desse texto e como vários eruditos e grandes pregadores tratam-no como o "acrópole da fé Cristã". Ele explicita que se pudesse guardar um texto único consigo de toda a bíblia seria este, pois resume muito bem o plano da redenção de Deus.
O primeiro capítulo vem demonstrar o porquê da necessidade de um salvador começando com o texto "todos pecaram e carecem da glória de Deus". Todos pecaram. Sem exceção. Não há nenhum justo sobre a terra e não foi achado ninguém digno. Todos os nossos pensamentos são pervertido e deturpados, completamente maliciosos e se pudessem ser mostrados para todas as pessoas que conhecemos, seríamos odiados por aquilo que pensamos sobre eles.
Mas você pode pensar "Mas eu não peco tanto assim" ou "existem pessoas piores do que eu". Primeiro você não esta pecando somente com o teu próximo, ou contra o seu próprio corpo, ou contra a natureza, mas está pecando e ofendendo um Deus infinitamente justo e santo. Pare e pense. Toda a criação obedece as ordens de Deus. Se Deus ordena que as estrelas saiam do lugar e vão para outro elas obedecem. Se Deus ordena que os montes se ergam eles obedecem. Deus estipula que o mar vá até certo ponto e ele obedece. Mas quando Deus manda lhe fazer algo você diz "não". Percebe o quão grave é isto. A existência do pecado em um ser feito a imagem e semelhança de Deus é a ofensa mais grave a tudo que é mais santo e digno de louvor em Deus. Segundo, você pode alegar que existem pessoas piores do você, mas você não sera julgado pelo padrão dos homens, você sera julgado pelo padrão de um Deus infinitamente Santo e Justo.
"Todos carecem da glória de Deus" essa frase é interpretada de maneira espetacular pelo irmão Paul. Imagine que Deus lhe dá cada dia da sua vida para que você dedique-se somente a ele. Cada fôlego em seus pulmões tem o propósito de adorar somente a Deus. Cada pensamento seu deveria se dobrar perante o senhorio de Cristo. Ninguém é assim, você pode dizer, mas é exatamente isso que o irmão Paul quer dizer com carecer da glória de Deus.
O segundo capítulo já nos impacta com uma frase completamente inusitada no mundo gospel atual: Deus odeia o pecado, e também o pecador. Primeiro que a mensagem do púlpito nesses últimos tempos tem sido uma pregação de um Deus amoroso, que não é irado. Mas Paul diz: Ele está irado, não só com o pecado dos homens, mas com os homens que praticam o pecado. Essa frase já seria o suficiente para você ser expulso de algumas igrejas desse país. Mas o Deus das escrituras é um Deus irado e ele está irado.
O que tem acontecido nas nossas igrejas é o afastamento do verdadeiro evangelho. O homem nos púlpito é muito bom. Ele só precisa arrumar algumas coisas na sua vida e ele estará perfeito. Um evangelho antropocêntrico nunca levara a Deus, pois nunca veio por parte dEle e não adora a Ele. A eficácia do evangelho só se dá se entendemos que nós somos completamente depravados para que entendamos como Deus nos amou na cruz. As estrelas só brilham no céu quando está tudo escuro, do mesmo modo é o amor de Deus que só fara sentido em nós se vermos o quão necessitados nós somos dele.
"Mas Deus é amor e ele é um Deus amoroso" você pode alegar, mas isso não anula o caráter justo e irado de Deus. Aliás, mantendo o debate filosófico, para que Deus ame ele precisa odiar. Se você ama bebês, você deve odiar o aborto. Se você ama os judeus, você deve odiar o holocausto. Se você ama a mulher, você deve odiar o estupro. Deus somente ama tudo que é lindo, amável e excelente. Ou seja coisas que se parecem com Ele, e Ele vem com ira com tudo aquilo que vai contra a natureza e vontade dEle. E infelizmente, estes somos nós.
No terceiro capítulo Paul usa o versículo 24 de Romanos 3 para se basear na doutrina da justificação "Sendo justificados gratuitamente por sua graça mediante a redenção que há em Cristo Jesus" Deus não nos trata como se nunca tivéssemos pecado, mas Ele simplesmente enclina seus olhos em alguém que coloca a sua fé em Cristo e declara que aquele pecador é justo aos olhos dEle.
Não existe nenhum merito em nós para que fôssemos justificados. Não havia em nós nenhuma qualidade que nos pudesse garantir a salvação em Cristo. Fomos justificados somente pela graça e misericórdia de Deus, pois ele não era obrigado a nos salvar, muito menos a nós amar. Pelo contrário, se fossemos jogados nas profundezas do inferno Deus seria glorificado por continuar sendo Justo e Santo, se livrando dos ímpios com a sua santa Justiça e reta Santidade. Por que Deus nos amou, não por nossa causa ou por que somos especiais para Deus pois ele continua odiando o pecado e o pecador, ele nós deu a oportunidade de alcançar os céus, não pelo nossos próprios méritos, já que somos pecadores por natureza e nada do que fazemos é justo aos olhos de Deus, mas pela obra salvadora de Cristo que atua apesar de nós e não por causa de nós. Como glorioso e maravilhoso é esse Deus!
No quarto capítulo entretanto Paul aponta para o que ele chama de maior problema do evangelho "O que justifica o perverso e o que condena o justo abomináveis são para o SENHOR, tanto um como o outro" (Pv 15.15). Acabamos de nos glóriar por um Deus que justifica o perverso, mas isso não tornaria Deus uma abominação aos seus próprios olhos? Como Deus pode ser justo e ao mesmo tempo justificar o perverso? Pois se Deus é justo ele obrigado a julgar e condenar o perverso, pois se ele o dexaisse sem o julgamento ele não seria justo. Imagine que um homem matasse sua família e você o levasse ao tribunal para que ele possa pagar pelo seu crime. Porém o juiz olha para o assassino e diz "Olhe, entendo que você cometeu uma barbaridade dessas e que é completamente responsável por ele, mas eu sou um juiz bastante amoroso e nunca me irrito, então eu absolvo você de todas as acusações" A sua reação natural seria gritar contra o juiz clamando por justiça. Você noticiria a todos os jornais, ao presidente, para a ONU dizendo que "há um juiz que é mais perverso que o homem que matou minha família, pois o juiz deve julgar o perverso e deve agir com justiça". Como então Deus nos justificou continando sendo justo?
No último capítulo do livro, o irmão Paul nos explica que a resposta para esse problema é uma única palavra: propiciação. Propiciação significa "um sacrifício feito no lugar da parte culpada, que justifica, ou satisfaz a justiça de Deus, e faz com que seja possível para Deus perdoar homens pecadores"
Quem poderia se esse sacrifício? Somente o próprio Deus! Mas porque? Porque ao SENHOR pertence a salvação! (Jn 2.9). Era necessário que fosse entregue a vida naquele madeiro e a vida não pertence a ninguém senão ao Senhor! Jesus teve que sofrer em nome dos pecadores do mundo. Não num simples madeiro ou nas chicotadas e escarnio do povo judeu, mas ser esmagado pela pura e poderosa ira de Deus! Ele tomou todo o cálice da ira de Deus o qual estava sobre nós. Ele foi o único homem que conseguiu alcançar a justificação por obras. A Ele foi entregue um nome que está acima de todo nome, assentando a destra do pai. Ele é o rei glória!
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